O preço da gasolina subiu de R$ 4,88 para R$ 4,91 na semana de 23 a 29 de outubro, representando uma alta de 0,6%. Os valores consideram um levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, onde o valor máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,34.
Essa é a quarta alta seguida no preço da gasolina, após cinco meses de queda dos valores. Dessa maneira, o valor médio do litro da gasolina praticado pelos postos do país subiu pela terceira semana consecutiva.
Além disso, o litro do etanol hidratado também subiu, passando de R$ 3,54 para R$ 3,63, correspondendo a um avanço de 2,54% na semana.
Preço da gasolina está mais alto
O preço da gasolina subiu novamente nos postos do Brasil. Na semana encerrada no último sábado, 29 de outubro, o preço médio do litro subiu de R$ 4,88 para R$ 4,91, alta de 0,6%.
Contudo, mesmo com esse aumento, a defasagem em relação ao preço internacional ainda é grande. De acordo com cálculos da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem da gasolina em relação ao Preço de Paridade de Importação (PPI) era de 16%.
Dessa maneira, caso a Petrobras aplicasse o reajuste esperado, a gasolina poderia ficar 16% mais cara, acrescentando R$ 0,63 por litro. Apesar de o PPI ser a política adotada pela estatal para reajustar os combustíveis no Brasil, nenhuma correção é realizada desde o início de setembro, quando houve queda de 7% no preço da gasolina nas refinarias.
Vale lembrar que desde o ano de 2016, a Petrobras adota a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), vinculando os preços praticados no país aos que são praticados no mercado internacional.
Além disso, os valores dos combustíveis no Brasil reduziram de maneira expressiva em razão da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrada pelos estados brasileiros. Isso foi possível após sanção do projeto que cria um limite para a cobrança de imposto em itens como gasolina, energia elétrica, diesel, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
A partir da sanção desse projeto, os itens especificados passaram a ser classificados como essenciais e indispensáveis. Com isso, foram impedidos de terem cobrança de taxa superior à alíquota geral que varia de 17% a 18%, conforme localidade.
Na época, houve crítica pelos governantes dos estados brasileiros em relação ao projeto sancionado, pois os recursos do ICMS seriam utilizados em áreas consideradas primordiais, como saúde, educação e segurança pública. Em razão disso, os estados e o Distrito Federal poderão ter maiores dificuldades de honrarem seus compromissos futuramente.
Paralisação nas estradas pode fazer o preço dos combustíveis subir?
Esse é um risco que se corre. As estradas brasileiras estão sendo paralisadas pelos caminhoneiros em todo o país. Como é de conhecimento de todos, esses profissionais são essenciais para a sociedade, que precisam dos produtos que eles transportam.
Em razão desse movimento nas estradas, iniciado na noite de domingo (30/10), os donos de postos de combustíveis se preparam para possível desabastecimento devido aos bloqueios. Além disso, em razão da falta de reajuste dos preços pela Petrobras a quase dois meses, eles lamentam que os valores possam voltar a subir e pesar no bolso dos consumidores.